Desde as civilizações antigas o mundo vem sendo redesenhado seguindo critérios variados de acordo com a ideologia geopolítica e econômica de quem o projeta no planisfério. A partir deste momento as nações iniciaram as regionalizações colocando-se no centro dos mapas para representar-se como símbolo de maior poder.
Tem-se, então, direta ou indiretamente, a noção de centro-periferia onde o centro representa o status de maior referência de poderio político-econômico e, às vezes, militar. A periferia surge como lugar de pobreza e de subserviência ao centro.
O colonialismo aproveitou-se bastante dessas idéias e passou a desenvolver a relação centro-periferia como metrópole e colônia em que esta enviava àquela matéria-prima e produtos agrícolas e comprovam seus produtos manufaturados. Os países imperialistas conquistaram novos territórios utilizando da geopolítica dos mapas.
Com a posterior divisão Norte-Sul ( ricos e pobres respectivamente ) ocorreu a oficialização da separação política, econômica e social aumentando as desigualdades sócio-econômicas entre estes países. Na verdade a Austrália está no hemisfério Sul e é considerada pertencente ao bloco Norte por ser desenvolvida. Aliás, desenvolvido e subdesenvolvido são conceitos que entraram em uso a partir do fim da segunda Guerra Mundial especialmente com a teoria Neomalthusiana buscando uma forma de explicar o subdesenvolvimento do Sul.
Países em desenvolvimento, países emergentes, países subdesenvolvidos industrializados, são várias classificações atribuídas aos países do bloco Sul enquanto países desenvolvidos é a denominação atribuída aos países do bloco Norte.
Hoje, órgãos internacionais defendem a idéia, mesmo que timidamente, de os países desenvolvidos reverem as dívidas externas dos países emergentes bem como de promoverem ajuda financeira aos países de baixo desenvolvimento.
Na verdade, muito se diz e pouco se faz efetivamente a favor dos países pobres.
Autor: Tio Hildebrando