Obama e a crise existencialista
Ao assumir a presidência dos Estados Unidos, Obama não herdou apenas uma grave crise econômico-financeira mas também o problema sócio-cultural que se alastrou pela sociedade estadunidense desde a chegada dos imigrantes negros da colonização de exploração até os dias atuais com os imigrantes latino-americanos e hispânicos.
Essa crise existencialista mascarada durante décadas por uma sucessão de governos republicanos veio à tona com a vitória do democrata Barack Obama nas eleições presidenciais: Uma sociedade mostrada como branca desabou com a ascensão de um negro ao poder.
Apesar de o intenso conflito racial presente no dia a dia dos EUA ser de conhecimento público global havia sempre outros focos político-econômicos divulgados na imprensa que o tirava de cena.
O caso noticiado recentemente do policial branco que prendeu o professor universitário negro tentando abrir a porta da própria casa deixou Obama de saia justa. Mediante seu comentário sobre o caso e em defesa do professor negro, a “sociedade branca” exigiu que pedisse desculpas.
Então, o que fazer? Manter a sua postura de luta anti-racista, pedir desculpas e curvar-se diante da pior crise estadunidense, ou, talvez, tomar uma cerveja na Casa Branca? Ora, esta última alternativa é a resposta certa; foi, de fato, o que aconteceu.
De repente, o melhor será os Estados Unidos fazer terapia em grupo para tentar resolver sua crise existencialista.
Autor: Tio Hildebrando
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