A Lei Seca implantada em todo Brasil em meados de junho desde ano ocasionou um grande debate público sobre a sua rigidez: Multa de R$ 955,00, perda do direito de dirigir por um ano e retenção do veículo. Trata-se aí de uma mudança instituída no modo de vida de um grande número de pessoas, sejam donos de estabelecimentos como bares e restaurantes, seus frequentadores, taxistas ( vão sair ganhando pela lógica: se beber não dirija, chame um táxi. ) e qualquer outra pessoa que pode sofrer um acidente de trânsito provocado por alguém que bebeu e estava dirigindo.
Ora, não há dúvidas de que bebida e trânsito não combinam. Mas o fato principal é a impunidade sobre as pessoas que provocam acidentes após terem bebido. Quando você marca para se encontrar com a turma num bar à noite numa cidade como São Paulo, é bem provável que cada um vai com seu carro e que vai beber com o pessoal, porém, nem sempre vai levar um “motorista”, que não vai beber, para poder dirigir na volta. No entanto, a cidade não oferece uma infra-estrutura de transportes adequada para atender à população nesse período.
Mas, se você vai a uma festa de casamento, provavelmente vai beber. Esta festa é terá alguém contratado para te levar para casa após a festa? Todos os exemplos acima tem o pressuposto de que as pessoas beberiam o mínimo, como um copo de cerveja, uma taça de vinho,etc. e não de que “encheriam a cara”.
Provavelmente seja necessária uma lei mais específica sobre o tema, mas que seja bem pensada e, principalmente, bem fiscalizada. Precisa criar uma infra-estrutura adequada para as mudanças, trabalhar o assunto em escolas, em propagandas educativas, em empresas, etc.. Precisa de uma conscientização da população através do diálogo, da educação. O radicalismo não leva à nada!
Autor: Tio Hildebrando
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