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sábado, 15 de março de 2008

Cotas: o governo conseguiu um meio de não investir em educação.

O número de ações afirmativas relacionadas à educação escolar universitária da etnia negra no Brasil vem crescendo significativamente pelo trabalho de ONGs principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Uma das lutas dessas ONGs é a implantação do sistema de cotas nas universidades públicas de todo país e a implantação de cursinho pré-vestibular gratuitos para estas pessoas.

A discussão desse tema gerou muita polêmica desde que foi sugerido e a partir daí se espalhou pelos diversos setores políticos e pela sociedade trazendo consigo a reflexão sobre a precariedade do sistema educacional brasileiro público e privado. Isso mesmo: público e privado. Não são só os negros de escola pública que procuram ingressar em universidades pelo sistema de cotas, além de as pesquisas educacionais apontarem problemas na linguagem escrita e matemática de alunos de escolas particulares.

É verdade que alunos da rede pública de ensino brasileira estão saindo do Ensino Médio com defasagem e levando desvantagens na hora de prestar vestibular concorrendo com alunos de escolas particulares de excelência. De quem é a culpa? O governo sempre achou mais fácil culpar os professores e se eximir de qualquer responsabilidade. É verdade também que não é hora de procurar culpar alguém mas sim de agir.

Que investimentos em infra-estrutura física e humana estão sendo feitos nas nossas escolas públicas? E nas universidades públicas? Que continuidade de trabalho temos assim que outro político assume o posto? Que cobranças a população faz aos políticos para que invistam pesado não apenas na educação, mas na saúde, na habitação, na segurança pública, no saneamento básico, etc.?
Não estão satisfeitos os políticos sem essas cobranças? Por que tentam sempre jogar os professores contra a sociedade e pregam que estes professores têm de aproximar a comunidade da escola?

Pois bem, as cotas, tão sugeridas por estas ONGs, caíram feito uma luva nesse momento de crise da educação pública brasileira. Era tudo que o governo queria: Aprova um número considerável de candidatos fingindo está tudo bem com a nossa educação e mais: Não só pessoas de etnia negra, mas também pessoas de outras etnias que se aproveitam desse sistema para serem aprovados ( já que você é da etnia da qual você se declara, mesmo que não seja, segundo alguns órgãos ) e de pessoas de baixo nível sócio-econômico.

Não podemos nos contentar com medidas paleativas que rotulam seres humanos, precisamos de política séria de investimentos pesados na infra-estrutura física e humana da educação pública brasileira. Não queiramos esse tipo de favor, exijamos nossos direitos.
Tio Hildebrando

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